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Jesus tinha
total clareza da vontade de Deus. Para ele não havia outra razão de
existir além da vontade de Deus. Ele veio para fazer a vontade de Deus,
viveu para realizar o querer de Deus e morreu para que essa vontade
fosse estabelecida.
O evangelho de João mostra o quanto Jesus valorizou a questão de seu envio, sua delegação.
Em
mais de cinqüenta versículos podemos ver que consciência Jesus tinha a
respeito da vontade de Deus. Ele tinha senso perfeito disso.
No
Evangelho de Mateus, entre maravilhosos ensinamentos a respeito da
nossa vida, o Senhor Jesus ensina aos seus discípulos como deveriam
orar.
“Portanto,
vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o
teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como
no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos
deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o
poder e a glória para sempre. Amém!” (Mt 6:9-13)
Essa
oração é mais que um pedido a Deus a respeito da vida. È um verdadeiro
estilo de vida quando se estabelece o coração na prática das verdades
expostas por Jesus.
Algumas considerações:
Pai ... fala
da forma como vemos a Deus e nos relacionamos com Ele. Fala de vermos
ao Senhor como aquele que tem afeto por nós, e que cuida de nós como pai
amoroso que é. Quando assumimos essa verdade podemos experimentar toda a
bondade do Pai perfeito. A primeira impressão que temos de Deus é a do
nosso pai natural. Por causa disso a imagem de Deus como Pai é
comprometida
Pai nosso... não
é somente meu pai, mas “nosso”. Isso fala que sou parte de uma família,
tenho irmãos. A bíblia us muitas figuras para se referir à Igreja. Fala
de exército, de lavoura, de rebanho, mas essas figuras têm que ser
interpretadas como figuras. Quando a bíblia fala da família de Deus não
fala de uma figura mas, de realidade, pois a paternidade de Deus é um
fato. A falta de discernimento dessa verdade traz conseqüências danosas
para as nossas vidas. (Vide 1Co 11:28,29 e 30)
Uma
das maiores revelações que um cristão pode receber é sobre a vida da
igreja, do corpo de Cristo. Não se pode dizer que se tem uma revelação
de Cristo, se está unido a Cristo, sem ter compromisso com a Igreja de
Cristo, com o corpo de Cristo, a família de Deus.
...que estás nos céus... não
se refere a distância, mas a posição. Ele é soberano sobre todas as
coisas. Reina e governa tudo. Está sobre tudo e tudo vê. Ele observa o
meu passado, o meu presente e futuro como se tudo fosse agora, pois ele é
maior que o tempo. Ele observa os meus dias com total clareza. O lugar
mais escuro de minha vida, para ele é como o sol do meio dia.
Não
há nada que ele não veja, não saiba, nem controle. Nas nossas vidas
todo acontecimento é permitido ou dirigido por Ele. Tudo ele governa.
...santificado seja teu nome... o
nome do Senhor deve ser colocado em lugar de destaque. Esse nome diante
do qual todo joelho se dobra, deve ser exaltado, honrado, amado,
temido, louvado, e feito conhecido de todos os homens. Não deve ser
nomeado em vão. O que assim fizer não será tomado por inocente.
...venha o teu reino... é
o pedido que Deus quer atender pois Jesus veio exatamente para isso.
Ele veio para ser senhor tanto de mortos como de vivos. Somente com a
vinda do Reino de Deus é que pode haver salvação para o homem.
...seja feita a tua vontade,
assim no céu como na terra... quando a vontade de Deus é feita, o Reino
se manifesta. A idéia que temos, algumas vezes, é que o Reino de Deus é
visto de forma espetacular e com grandes demonstrações de poder. Mas,
segundo o que Jesus ensinou, o Reino de Deus se manifesta quando a
vontade Dele é feita na terra.
...o pão nosso de cada dia, dai-nos hoje... essa
frase aponta para uma confiança em Deus no que diz respeito ao dia em
que vivemos. Jesus disse que bastava a cada dia o seu mal. Não devemos
nos ocupar antecipadamente com nada nessa vida, nem devemos permitir que
o nosso coração se perturbe com a possibilidade de ter ou não ter o que
comer no dia de amanhã. A instrução prática que o Senhor tem para nós
é: Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o
acharás. Reparte com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal
sobrevirá à terra. (Ec 11:1,2)
...e perdoa as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores... aqui
Jesus nos ensina como deve ser a nossa atitude para com aqueles que nos
devem, sejam por que nos feriram ou por que falharam conosco. Se
quisermos o perdão de Deus para as nossas transgressões temos que pensar
seriamente em apagar dos nossos arquivos as promissórias, as cédulas e
outros “documentos” contra irmãos, que armazenamos em nossas mentes e
corações. Não há como pedirmos a Deus que apague algo que é contra nós
se nos recusamos a apagar o que é contra as pessoas.
...e não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do maligno... sabemos
que as tentações não são o mesmo que pecado. Jesus foi tentado de toda a
forma, mas não caiu. Ele contou com a mesma força que outorgou anos
para não pecarmos. Temos o Espírito Santo, a mente de Cristo e
capacidade para raciocinar. Quando permitimos que essas três forças se
combinem, trabalhando em conjunto temos toda a possibilidade de não
cedermos às tentações.
“Ora,
àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos
apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, ao único
Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória,
majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por
todos os séculos. Amém!” Judas 1:24,25
Jesus
ensina algo mais nessa frase: pede que além de não cairmos em tentação
que sejamos livres do maligno. Aparentemente Jesus está se referindo ao
Diabo, e não a um mal qualquer, como doença, desgraça, ou coisa assim.
Isso significa, entendo, que o trabalho do Diabo contra mim não é algo
invencível, algo ao qual estou sujeito inapelavelmente. Há total
possibilidade de vencer o maligno na minha vida, pela graça de Deus e
pelo poder do Espírito Santo.
...pois teu é o reino, teu é o poder, tua é a glória para sempre.
Amém. Todas as coisas dependem, funciona, sobrevivem e são sustentadas
pela palavra de seu poder. Nada foi feito e nada pode ser feito sem Ele.
Todas as coisas vieram dele e convergem para Ele. Ele tem em suas mãos
todo o poder. Na sua morte ele derrotou o Maligno e nos libertou do
poder do pecado e da morte.
Hoje
nós temos a libertação completa do inferno, temos a salvação completa, e
a perfeição completa. Algumas dessas coisas já gozamos, outras, vamos
gozar, mas todas já são nossas, pelo poder da morte e ressurreição de
Jesus, o Cristo, nosso Senhor e Deus.
Como
podemos perceber, essa oração é mais que uma repetição de algo que
Jesus ensinou. É um estilo de vida, uma forma de comportamento digna do
Reino de Deus.
Nessa
oração a frase central é “seja feita a tua vontade”. A chegada do Reino
de Deus na vida de alguém é quando essa pessoa renuncia à sua vontade
para andar na vontade do Senhor.
Às
vezes confundimos a cruz com situações, pessoas, acontecimentos, mas
cruz é o momento em que a minha vontade se defronta com a vontade de
Deus e, nesse momento, prefiro a vontade dele ao invés da minha. Aí a
cruz operou.
Jesus
tinha total clareza da vontade de Deus. Para ele não havia outra razão
de existir além da vontade de Deus. Ele veio para fazer a vontade de
Deus, viveu para realizar o querer de Deus e morreu para que essa
vontade fosse estabelecida.
O evangelho de João mostra o quanto Jesus valorizou a questão de seu envio, sua delegação.
Em
mais de cinqüenta versículos podemos ver que consciência Jesus tinha a
respeito da vontade de Deus. Ele tinha senso perfeito disso.
1. – Senso de importância – essencialidade.
"Então
os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém
algo de comer? Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade
daquele que me enviou, e realizar a sua obra." JO 4:33,34
"Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim." JO 6:57
Ele compara o fazer a vontade de Deus com comida.
Isso
mostra que ele tirava forças para andar no fazer a vontade de Deus,
como num sistema de retro alimentação: ao fazer a vontade de Deus ele
recebia mais energia para continuar fazendo essa vontade.
Da
boa alimentação se tira todos os nutrientes para a vida natural. O
sistema imunológico é reforçado, o organismo funciona direito, recebe-se
energia para o trabalho, resistência para o esforço físico, enfim, sem
alimentação adequada pode-se até morrer.
Ao contrário, sem uma boa alimentação vem debilidades e a falta de resistência.
Não é sem razão que Paulo relaciona o comer a ceia sem discernimento com a debilidade espiritual.
Para
uma vida espiritual saudável, de forma que tenhamos energia para
realizar o querer de Deus, para resistirmos às tentações, vencermos o
maligno, e mantermos nossa vida santa precisamos fazer a vontade de
Deus. É ela que vai nos capacitar, fortalecer e habilitar para a vida.
2. – Senso de Nulidade
"Mas
Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o
Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o
Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente." JO 5:19
"Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." JO 15:5
Parece-me que ao cristão falta uma revelação do que seja a expressão NADA.
O problema é que Deus é absoluto em sua fala e nós muito relativos.
Nós
falamos: - Todo mundo veio ou, ninguém veio, quando não é exatamente
isso que queremos dizer. Não queremos dizer que os seis bilhões de
pessoas da face da terra estiveram onde falamos, ou
quando dizemos ninguém, dizemos também, somente tal e tal pessoa!.
Então, nem o todo mundo nem o ninguém é verdade.
Nessa
mesma idéia falamos nada, nunca, sempre. – Você nunca faz... Você
sempre fala assim... Eu não tenho nada... São expressões que, usadas
como usamos, não exprimem a verdade.
Mas,
quando Deus, o Senhor fala, ninguém, nenhuma coisa, nada, tudo ou todo,
Ele está falando exatamente o que quer dizer. Ele não exagera nem
mente.
No
nosso caso, por não entender o sentido da palavra nada, ainda teimamos
em viver a vida, decidir, comprar, vender, viajar, e até pregar,
ensinar, fazer discípulos, sem a ajuda do Espírito Santo.
Deveríamos ter a mesma atitude de Moisés que pediu que Deus não o fizesse sair de onde estava se a Sua presença não fosse junto.
Temos que lembrar que as coisas espirituais somente podem ser feitas pelo Espírito Santo.
3. – Senso de Responsabilidade
"Porque
eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele
que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de
todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê
o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no
último dia." JO 6:38-40
Uma das coisas que caracteriza um obreiro aprovado é o seu senso de responsabilidade.
"Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer." JO 17:4
“E
quanto a mim, longe de mim esteja o pecar contra o Senhor, deixando de
orar por vós; eu vos ensinarei o caminho bom e direito”. (1Sm 12:23)
“Além dessas coisas exteriores, há o que diariamente pesa sobre mim, o cuidado de todas as igrejas”. (2Co 11:28)
Responsabilidade
é a atitude que uma pessoa tem diante das situações, tarefas e pessoas,
com a consciência de sua parte, seu dever. É uma atitude de ajudar nas
situações de problemas e participar buscando soluções.
Uma
pessoa responsável não espera que outros assumam seu papel ou tomem uma
atitude e só depois disso age. O responsável cumpre sua função
entendendo que ninguém fará sua parte. Ele tem senso de dever e sabe que
prestará contas.
O obreiro responsável não se entrega ao desânimo. O Senhor deu uma ordem clara: tende bom ânimo!
Estar desanimado é, em primeiro lugar, desobedecer a essa ordem do Senhor.
Em
segundo lugar, é pensar que os nossos problemas são maiores do que o
Senhor Deus, e que ele não é capaz de controlar qualquer situação na
qual nos encontremos.
Existem
situações provocadas por nós nas quais vamos contar com a graça de Deus
para cumprir aquilo que é a nossa responsabilidade para sairmos de onde
nos metemos, por que tomamos decisões não dirigidas por Ele.
Outras
são circunstâncias produzidas ou permitidas por ele, e nesse caso, nós
somente temos que esperar para ver o livramento do Senhor.
De qualquer forma, seja em qual situação estivermos, vamos depender da graça do Senhor.
Uma
pessoa responsável assume seu papel sem achar que pode fazer tudo na
sua própria força, mas não espera a força aumentar para começar a andar
naquilo que sabe que deve andar.
4. – Senso de sua identidade e delegação
"Disse-lhes,
pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis
quem eu sou, e que nada faço por mim mesmo; mas falo como meu Pai me
ensinou. E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado
só, porque eu faço sempre o que lhe agrada." JO 8:28,29
"Eis
que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos cada um
para sua parte, e me deixareis só; mas não estou só, porque o Pai está
comigo." JO 16:32
"Portanto
ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até
a consumação dos séculos. Amém." MT 28:20
"Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo." JO 17:14
"E
Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele
que me enviou. E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou. Eu sou a luz
que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas
trevas." JO 12:44-46
Gostamos da promessa da presença de Deus sempre conosco, mas nos esquecemos da condição para isso.
Temos as caixinhas de promessa sem ter os mandamentos correspondentes.
Tomemos o texto de Mateus O Senhor nos diz que estaria conosco todos os dias de nossas vidas até a consumação dos séculos.
Essa promessa deve ser entendida no seu contexto.
Primeiro,
ele nos mandou ir por todo mundo fazendo discípulos de todas as nações.
Explicou-nos como era isso: batizando e ensinando. Por causa disso ele
estaria conosco todos os dias.
Ele tem a responsabilidade de estar conosco por causa da delegação.
Da
mesma forma que o Pai estava com ele por que O enviou, ele está conosco
porque nos enviou. Essa responsabilidade do Senhor está muitas vezes
demonstrada na Palavra.
Da
nossa parte, devemos saber que temos uma identidade com ele se fizermos
o que ele nos mandou fazer. A obra que estamos realizando tem a marca e
o envolvimento pessoal de Deus. Ele se envolveu ao extremo de entregar
Seu filho à morte.
O nosso envolvimento pode ser menor?
Paulo
tinha uma identificação tão profunda com o Senhor Jesus e sua igreja
que ele disse que completava em seu corpo o que restava das aflições de
Cristo.
“Agora,
me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das
aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a
igreja;” (Cl 1:24)
Sua
identificação com a obra de Jesus chega a ponto de ele querer ser
considerado anátema (maldito), se isso contribuísse para a salvação dos
seus concidadãos.
“porque
eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus
irmãos, meus compatriotas, segundo a carne.” (Rm 9:3)
O
Senhor Jesus disse que ele se santificava em nosso favor. Ele separava
sua vida e se guardava em favor dos seus discípulos. Os sacerdotes eram
instruídos a ter uma vida diferente, sem contaminações para poder se
apresentar diante de Deus em favor do povo.
Não
podiam tocar em mortos, não podiam ser dados à bebidas fortes, não
podiam se casar com qualquer pessoa. Enfim, a vida diária deles era
determinada pelo seu chamamento.
O padrão de conduta, o comportamento, tudo isso era relacionado com o que eles faziam para Deus.
O ensino da Palavra é claro: devemos viver de forma digna da vocação a que fomos chamados.
5. – Senso de Referência
"Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.” JO 8:38
"Disse-lhes,
pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois
que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou." JO
8:42
Ser discípulo de Cristo é procurar imitar as obras de Deus.
Ter as mesmas atitudes, o mesmo sentimento de Cristo.
Andar
na vontade de Jesus é procurar ser guiado por Sua mente. Isto significa
que devo sempre me questionar se os pensamentos que tenho são os mesmos
pensamentos do Senhor Jesus.
Significa perguntar se os sentimentos que tenho são os mesmos do Senhor.
Os sentimentos de Cristo o levaram à mais completa negação de si mesmo.
Ser discípulo é abandonar sua própria vontade, não permitindo que ela domine as ações e as direções da vida.
Andar
como discípulo de Jesus é abandonar o querer próprio e as próprias
palavras para se submeter completamente ao querer de Deus.
“Se
desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios
interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia
do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus
caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando
palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre
os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai,
porque a boca do SENHOR o disse.” (Is 58:13, 14)
“Sim,
deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas
as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” Filipenses
3:8
“Ora,
tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo
pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que,
no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões
dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Porque basta o tempo
decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em
dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em
detestáveis idolatrias.” (1 Pedro 4:1-3) Ler até o 11.
“Isto,
portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também
andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos
de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que
vivem, pela dureza do seu coração,” (Efésios 4:17,18)
Sensualismo
não é, simplesmente, um tipo de atitude que chama a atenção para a
sexualidade. Sensualismo fala também de andar nos sentidos, segundo a
própria vontade. Isso também é chamado de volitismo. É a atitude da
pessoa que dá à sua vontade o primeiro lugar, e nada mais é importante
senão o que ela sente.
Isso é o retrato da pessoa ignorante da vida de Deus.
A palavra fala que devemos olhar para nossos pastores e imitar a sua fé. Sua forma de vida.
Conquanto fosse filho de Amom e neto de Manassés, Josias estabeleceu a quem imitaria, quem seria sua referência:
“Fez
ele o que era reto perante o SENHOR, andou em todo o caminho de Davi,
seu pai, e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda.” 2
Reis 22:2
Conferir com a escolha de Salomão:
“Assim, fez Salomão o que era mau perante o SENHOR e não perseverou em seguir ao SENHOR, como Davi, seu pai.” 1 Reis 11:6
Faltam,
para nós, referências que possamos seguir. Não que não existam pessoas
dignas de serem imitadas, mas é que estabelecemos, até
inconscientemente, referências que não servem para isso.
De
alguma maneira, todos nós, imitamos a alguém. Na forma de vestir
(moda), no falar, no andar, nos gestos, nas gírias, nas expressões
provenientes de esferas inferiores (televisão, prisões – linguagem de
cadeia – etc.)... A impressão que dá é que não existem mais critérios
que sirvam de filtros para nossa vida. Então, tudo o que vier pode ser
imitado.
Devemos,
urgentemente, estabelecer padrão de conduta, referência e modelo para
nós. Se não fizermos isso estaremos andando em padrões que não são do
Senhor.
Quem é a nossa referência? A quem imitamos?
6. – Senso de Oportunidade, de Tempo
"Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar." JO 9:4
"Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora." JO 12:27
"Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;" RM 12:11
Um
dos problemas nossos é que não temos noção de tempo em relação à
eternidade. Não conseguimos entender que cada momento da nossa vida pode
ser trabalhado para que tenha um alcance eterno. Daí é que se cuidarmos
dos momentos da nossa vida podemos produzir coisas eternas.
Jesus
tinha clareza sobre o momento no qual vivia. Sabia da importância de
seu trabalho e da oportunidade que tinha de servir ao Pai, enquanto era
dia. Logo depois ele morreria, então seu entendimento era de que não
podia perder tempo.
Nós temos uma única oportunidade de servir a Deus. Nós a recebemos quando nascemos.
Ela
não se repetirá. A bíblia nos ensina que não existe reencarnação. Fala
que ao homem é dado morrer uma única vez, e depois disso, o juízo. (Hb
9:27)
É
preciso que se lembre essa verdade porque alguns de nós vivemos como se
tivéssemos uma outra oportunidade, em outra existência.
Essa oportunidade nunca se repetirá. Devemos viver o tempo que nos resta, fazendo a vontade de Deus.
Temos dois exemplos no evangelho de Lucas que mostram a aplicação de pessoas que ilustram o que estamos vendo: Simeão e Ana.
“Havia
em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso
que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre
ele.” (Lc 2:25)
Agora,
Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra;
porque os meus olhos já viram a tua salvação, (Lc 2:29,30)
“Ana
... que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo,
mas adorava noite e dia em jejuns e orações. E, chegando naquela hora,
dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que
esperavam a redenção de Jerusalém.” (Lc 2:37,38
Simeão
e Ana, dois irmãos de idade que não perderam o tempo da visitação de
Deus, que alcançaram a redenção de Israel. O que determinou isso é que
eles esperaram. Seus olhos estavam perscrutando o tempo, o momento e
observando as pessoas que vinham ao templo para apresentar seus filhos.
Quando o Messias entrou, nos braços de Maria e José, eles compreenderam
que o objetivo de sua vida havia sido atingido: AGORA despede em paz.
Precisamos
desse senso de oportunidade. Aquela foi a oportunidade de Deus para
suas vidas, e eles estavam ali! Na hora certa, no lugar certo!
Às vezes perdemos coisas de Deus por não estarmos no lugar certo, na hora certa, e com a atitude certa.
7. – Senso de Obediência
"Porque
eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu
mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar. E sei
que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu falo, falo-o
como o Pai mo tem dito." JO 12:49-5
“Ele,
Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e
lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido
ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a
obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se
o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem,” (Hb 5:8,9)
Essa passagem mostra uma verdade às vezes esquecida: a obediência não é um dom. é um aprendizado.
Nenhum de nós nasce obediente, ao contrário!
Somos
nascidos sob a maldição da desobediência por causa daquele que sujeitou
todas as coisas à servidão. A desobediência de um só homem abriu as
portas para a morte e todas as suas implicações.
Éramos filhos da ira e da desobediência, fazendo a vontade de nossa carne e nosso antigo pai.
A nossa inclinação é para a indisciplina, para a insubmissão, para a anarquia e insubordinação.
A tendência natural é a rebelião.
Essas coisas (atitudes) somente têm uma solução: a cruz, a cada dia, a cada momento em que se levantarem, se manifestarem.
A
natureza terrena é como um animal selvagem que não amansa. É adestrado e
condicionado. Ser manso começa com uma mudança de natureza, e continua
com a operação da cruz e a manifestação do Espírito Santo.
Quando
a cruz opera em nós, fazendo morrer a nossa velha natureza, dá espaço
para que o Espírito de Cristo nos ensine a obedecer num processo
doloroso e violento.
Os violentos tomam o reino de Deus com esforço. Essa violência não é contra outros, mas é contra a própria vontade.
Não podemos tratar a nossa velha natureza como um animalzinho de estimação do qual vamos cuidar como se fosse inofensivo.
“Desviam-se
os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham,
proferindo mentiras. Têm peçonha semelhante à peçonha da serpente; são
como a víbora surda, que tapa os ouvidos,” (Sl 58:3,4)
Não
podemos descuidar da desobediência. Precisamos aprender a obedecer. Às
vezes encaramos uma ”pequena” desobediência como se fosse algo sem
importância. Assim como não existe pequena morte, não existe pecado
pequeno, nem existe desobediência pequena.
Somos ensinados a obedecer nas pequenas coisas.
O Senhor falou que se formos fiéis nas pequenas coisas, Ele nos colocará sobre as grandes.
Precisamos
tratar as coisas pequenas como coisas importantes. A vida é feita de
detalhes, de pequenos hábitos, de atitudes que vão formando o nosso
caráter, e isso determina a vida eterna. Não cremos que as obras salvam,
mas cremos que as obras matam.
8. – Senso de Resultado
"Para
que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também
eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste." JO
17:21
"Eu
neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para
que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles
como me tens amado a mim." JO 17:23
O que Jesus fazia, ele o fazia esperando resultado, com objetivos claros.
Quando escolheu seus discípulos tinha o objetivo de fazê-los pescadores de homens, que fossem produtores de frutos.
Os cristãos foram salvos para andarem nas obras que foram preparadas de antemão.
Pois
somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais
Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. (Efésios 2:10)
O escritor aos hebreus fala de uma carreira que nos está proposta.
“Portanto,
também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de
testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente
nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está
proposta,” (Hebreus 12:1)
Paulo
falou que lutava para conquistar aquilo para o que foi conquistado.
Paulo escreveu que todas as coisas cooperam para aqueles que são
chamados pelo decreto de Deus, e o decreto de Deus é ter uma família de
muitos filhos semelhantes a Jesus.
Enfim o que Jesus fez, ele o fez com alvos.
Jesus
se santificou por nossa causa, para que tivéssemos a vida eterna e ele
foi um com o Pai, estando na terra, para que nós fossemos ume a
conseqüência disso é que o mundo crerá que Jesus foi enviado pelo Pai.
O alcance de nossa unidade é algo extraordinário!
É vida para o mundo.
"Ninguém
ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e
poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai." JO
10:18
"Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?" JO 10:36
"Na
verdade, na verdade vos digo: Se alguém receber o que eu enviar, me
recebe a mim, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou." JO
13:20
"Não
crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que
eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem
faz as obras." JO 14:10
"Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou." JO 14:24
"Já
não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e
nada tem em mim; mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que
faço como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui." JO 14:30-31
"Se
guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo
modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu
amor." JO 15:10
"Já
vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu
senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai
vos tenho feito conhecer." JO 15:15
"E agora vou para aquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais?" JO 16:5
"Porque
lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm
verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste." JO
17:8
"Disse-lhe,
pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou
rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar
testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha
voz." JO 18:37
"Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós." JO 20:21
"Aquele
que vem de cima é sobre todos; aquele que vem da terra é da terra e
fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos." JO 3:31
"Na
verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê
naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação,
mas passou da morte para a vida." JO 5:24
"Mas
eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai
me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, testificam de mim,
que o Pai me enviou. E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de
mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer." JO 5:36,
37
"Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis." JO 5:43
"Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou." JO 6:29
"Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia." JO 6:44
"Clamava,
pois, Jesus no templo, ensinando, e dizendo: Vós conheceis-me, e sabeis
de onde sou; e eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é
verdadeiro, o qual vós não conheceis. Mas eu conheço-o, porque dele sou e
ele me enviou." JO 7:29
"Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou." JO 8:18
Fonte do texto: http://www.discipulado.com.br/dinamic2/jupgrade/index.php/publicacoes/convidados-mainmenu-30/250-jesus-e-seu-envio
Fonte da imagem: deusserevela.blogspot.com
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