REFLEXÃO
O
estudo bíblico é fundamental para uma pessoa que aceita a Cristo. Normalmente o
novo convertido sente um desejo muito forte de conhecer as Escrituras. A igreja
não deve negligenciar nesse período de formação espiritual. Temos de entender
que o novo convertido é uma criança e não tem estrutura para alimentar-se de
uma comida sólida ou misturada (I Pe 2.2). Portanto, a igreja precisa estar bem
aparelhada para aplicar uma base de ensino adequado ao novo convertido,
equivalente ao leite, seguido de mingau, sopinha e comida sólida. Esta é uma sequência
lógica à ordem alimentar de uma criança. Entretanto, mesmo que tenhamos todas
as condições, nota-se na prática haver grandes dificuldades por parte de muitos
novos conversos, para receberem o aprendizado. Uns não podem ir á Escola
Dominical, outros viajam, outros estão enfermos, etc. É nessas horas que
devemos possuir mecanismos capazes de atender as suas necessidades
conforme a disponibilidade que cada novo crente apresenta. A isto chamamos de
Programa Completo de Ensino Básico.
ACONSELHAMENTO EM GRUPO
É
o ensino dado ao novo crente através das classes da Escola Dominical. Para isto
recomendamos as revistas Discipulado I e II da Casa Publicadora das Assembléias
de Deus (CPAD). Quando não é possível realizar este ensino na Escola Dominical,
pode-se pensar em outro horário ou local para fazê-lo. Só não devemos é deixar
o novo crente sem receber semanalmente este tipo de aconselhamento. Todos os novos
convertidos devem participar deste aconselhamento. Deve-se evitar o desvio
deste ensino para outro dia, pois o novo crente precisa acostumar-se desde cedo
a frequentar a Escola Dominical. Qualquer outro curso que seja dado aos novos
convertidos semanalmente e coletivamente deve ser considerado como
aconselhamento em grupo.
IMPORTÂNCIA
DO ACONSELHAMENTO EM GRUPO
Esta
atividade é de grande importância para o novo crente, pois, alem de estar na
igreja, o estudo em grupo abre oportunidades para a participação mútua dos
alunos, proporcionando explicações e sugestões levantadas sobre o assunto,
enriquecendo o aprendizado pelos questionamentos levantados, tendo a explicação
convincente da Palavra de Deus, ministrada pelos professores. Trazendo para
todos um leque muito amplo de conhecimento e aprendizado.
QUEM DEVE
RECEBER O ACONSELHAMENTO EM GRUPO
Todos
os novos convertidos. Exceto aqueles que já tenham recebido, ou algum irmão
antigo que já estava afastado da igreja, também pode ser dispensado. Frequentemente
ocorrem casos de novos convertidos que não podem participar da classe. Mesmo
assim, devemos sempre convidá-los para a mesma.
A FUNÇÃO DA
CLASSE DO DISCIPULADO
A
finalidade da classe é tão somente para aplicarmos o estudo em grupo, adequado
ao novo convertido. Salientamos que a classe não é o DISCIPULADO. Alguns
pastores já se dão por satisfeitos quando funciona a classe do discipulado em
sua igreja. O Discipulado é muito mais que isto. Quando falamos sobre a classe,
estamos nos referindo a apenas um dos elementos, e por sinal, um dos mais cômodos
de se fazer.
O PERFIL DO
PROFESSOR
O
professor da classe de novos convertidos não pode ser um crente imaturo,
ele precisa ter conhecimento das doutrinas bíblicas e habilidades para ensinar.
Ele precisa ser sociável, ter simpatia natural pelos alunos. Também requer-se
que seja criativo, tenha boas relações humanas e gostar do que faz.
A
PARTICIPAÇÃO DOS PROFESSORES
O
professor, que não se interessa pelos seus alunos, não deve permanecer à frente
da classe. Cabe ao professor verificar semanalmente se há algum aluno faltoso e
contactar com ele ou acionar a coordenação do discipulado para ir à sua
procura. Também o professor não deve deixar o aluno repetindo aulas pelo
simples fato de querer ver sua classe numerosa. O coordenado do discipulado
estará observando essas situações nas cadernetas, para que possamos ter dados
reais em nossos relatórios.
QUEM SÃO
SEUS ALUNOS?
Eles
são os novos convertidos, são especiais, por isso precisam de cuidados
especiais. A bíblia diz que eles são criados com leite (I Co. 3.1-3). Precisam
ser alimentados.Têm dificuldade em falar, de explicar a razão de sua conversão
a Cristo. Querem estabelecer para si uma regra de fé. Eles se escandalizam
facilmente, se apegam a rudimentos de doutrina e chegam a criar dogmas
para reger sua fé. Ele precisa entender que não haverá crescimento espiritual
independente da Palavra de Deus. A Bíblia diz que cresçamos em tudo naquele que
é a cabeça, Cristo (Ef 4.15) e noutra parte diz que o leite é quem dá o
crescimento (I Pe 2.2). O novo convertido precisa conhecer as doutrinas básicas
da salvação e por isso deve afastar-se de assuntos complexos e especulativos.
Fonte da imagens: rccgholyghostzone.org.uk
ACONSELHAMENTO PESSOAL
É
a assistência dada ao novo convertido através de aulas aplicadas semanalmente
em sua própria residência ou em outro local de sua preferência (At 20.20). Toda
a igreja precisa empenhar-se nesta tarefa que é tremendamente abandonada. O
pastor da igreja juntamente com os líderes do discipulado deverá preparar e
indicar os irmãos que irão fazer este aconselhamento doutrinário. Tenhamos
cuidado! O aconselhamento pessoal é ensino, e não uma simples visita. Se alguém
vai à casa do novo convertido e não aplica nenhum estudo, conte isso como uma
visita. Para este aconselhamento, recomendamos um curso bíblico para novos
convertidos composto de onze lições (11), o qual pode ser aplicado com
segurança. Trata-se de doutrinas que devem ser ensinadas por pessoas
devidamente capacitadas para tal. Esses discipuladores devem estar bem orientados
e recomendados pelo pastor da igreja. Cuidado!
Este curso é importante, porém não é obrigatório. Só deve ser dado à medida que
haja disponibilidade de pessoas preparadas.
O QUE O
ACONSELHAMENTO PESSOAL NÃO É
VISITA
Há
irmãos que acham que estão fazendo o aconselhamento pessoal simplesmente porque
fizeram uma ou duas visitas a um ou mais novos convertidos. Não é disso que a
igreja precisa. É muito mais.
REUNIÃO
EXTRA CULTO
Não
devemos confundir aconselhamento pessoal com aconselhamento em grupo.
Obs.:
Esse tipo de aconselhamento pode ser feito de muitas maneiras, mas a prática
nos mostra que se não o fizermos sistematicamente, logo seremos
atingidos pelo comodismo, de programarmos uma visita, que muitas vezes não
acontece. O aconselhamento pessoal tem um valor incalculável.
QUEM PODE
FAZER ACONSELHAMENTO PESSOAL
Toda
a igreja precisa se empenhar nesta tarefa que é tremendamente abandonada.
Entretanto, precisamos ter cautela quando se trata de ensino. Pois não
são muitos os irmãos que estão aptos para lecionar. Precisa, portanto,
que o pastor da igreja indique ou recomende os irmãos para o ensino.
A
IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO PESSOAL
Uma
vez definido o que é aconselhamento pessoal, a pergunta que se apresenta é a
seguinte por que o aconselhamento pessoal é tão importante? Já mostramos que a
Bíblia ordena que dessem assistência aos novos convertidos. Gostaria de
apresentar quatro razões por que não devemos contentar-nos em deixar nossa
responsabilidade pessoal para a cargo da igreja ou da iniciativa particular do
novo convertido. Antes, devemos considerar o aconselhamento pessoal como uma
atividade prioritária em nosso tempo e interesses.
RAZÕES IMPOTANTES
A
VULNERABILIDADE DO NOVO CRENTE
O
crente não pode ser enganado por Satanás com mais facilidade do que uma pessoa
mais madura. Aliás, logo que um indivíduo se converte, encontra-se mais vulnerável
a Satanás, na luta contra as tentações, do que em qualquer outra ocasião
de sua vida. É muito comum um novo convertido ter duvidas quanto à validade
de sua experiência com Cristo. Ele precisa da proteção que uma pessoa mais
madura pode oferece-lhe. A vitória sobre as mentiras de Satanás só é alcançada
pelas verdades da Palavra de Deus. Cristo ensinou isto, quando empregou textos
bíblicos para vencer as tentações de satanás no deserto. O fato de um novo
convertido conhecer pouco a Bíblia torna-o quase indefeso. Essa sua
vulnerabilidade é um forte argumento a favor do aconselhamento
pessoal.
O POTENCIAL
DE TRANSFORMAÇÃO DO NOVO CRENTE
Outra
razão importante para o aconselhamento pessoal do novo crente é o seu potencial
de crescimento espiritual. Ele se acha em um momento crítico. Pela primeira vez
em sua vida, tem a possibilidade de efetuar verdadeiras mudanças em seu modo de
viver. A orientação e direção que recebe no aconselhamento pessoal podem
aumentar grandemente não apenas essas possibilidades, mas também a rapidez
dessas transformações. Seja ele jovem ou adulto, o aconselhamento pessoal
acelera seu crescimento em Cristo.
Quando um crente amadurecido se acha em
profundo contato com o novo crente, ele pode descobrir aspectos de sua vida que
precisam de mudanças. Pode ajudá-lo também na aplicação das verdades bíblicas
mais necessárias ao seu caso. Sem esta orientação pessoal, muitos novos
convertidos não podem aproveitar ao máximo este período crucial de sua
vida, e não crescem em Cristo tão rapidamente quanto poderiam. Um problema
muito comum nesta fase é o surgimento de padrões errados de
comportamento no crente que não recebe orientação em seu crescimento
espiritual. Isso não apenas impede seu desenvolvimento, mas acarreta
pecados desnecessários, que precisarão ser corrigidos no futuro, para que ele
possa iniciar o processo de crescimento verdadeiro e constante. Na Bíblia, esse processo de mudança é chamado “despir-se” do velho homem, e “revestir-se”
do novo homem. Os textos de Efésios
4 e Colossenses 3 explicam esse conceito de forma mais completa. A verdade
dessas passagens deve servir para incentivar-nos a realizar o trabalho de aconselhamento
pessoal.
COM O
TRABALHO DO ACONSELHAMENTO
PESSOAL O
DISCIPULADO É MAIS BEM FEITO
A
terceira importante razão para se fazer o trabalho de aconselhamento pessoal é
a que diz respeito ao desenvolvimento do discípulo. Esse aconselhamento aumenta
grandemente a rapidez e a probabilidade de desenvolver-se o discípulo na vida
do crente. Um dos mais importantes e básicos objetivos de nosso ministério
pessoal é justamente formar discípulos. É preciso que definamos claramente a
palavra discípulo. Os objetivos deste TREINAMENTO é a seguinte.
Discípulo é o crente que está
crescendo em conformidade com Cristo, dando frutos no evangelismo e fazendo o
aconselhamento pessoal deles para garantir sua permanência.
A
importância de se formarem discípulos, como parte do ministério cristão, foi
apresentada claramente por Cristo em Mateus 28.18-20: “Jesus, aproximando-se,
falou-lhes: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e
do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado. E eis que estou convosco todos os dias, a te a consumação do
século”. Se examinarmos esta passagem mais atentamente, descobriremos um
fato um pouco estranho. Em nenhuma parte dela, Jesus dá um mandamento direto
para se evangelizar. Contudo, a despeito disso, este texto é sempre
apresentado como um desafio ao testemunho. E como o principal verbo da passagem
“fazei discípulos”, o ponto central do mandamento de Cristo é ir e fazer
discípulos. Deve evangelizar primeiramente, e ganhar a pessoa para Cristo. Este
deve ser o primeiro passo, e isto explica por que, justificadamente, a passagem
é considerada um mandamento para se testemunhar. Embora seja importante
não perdemos de vista este aspecto da mensagem, devemos também ter o cuidado de
não ignorar o mandamento principal.
A
parte mais importante destes versos é fazer discípulos. A formação do
discipulado no crente deve ser um dos primeiros objetivos do programa de
aconselhamento pessoal. Quando emprego o termo de aconselhamento pessoal,
faço-o tanto no sentido mais amplo, como no mais restrito. No sentido
restrito, refiro-me ao trabalho inicial de firmar um novo crente na fé. No
sentido amplo, refiro-me a todo o relacionamento que um crente mais maduro tem
com o novo convertido, durante certo tempo, a fim de ajudá-lo a atingir a
maturidade espiritual. A fim de evitar mal-entendidos, vamos definir formação
do discipulado da seguinte maneira.
Formação do discipulado é o trabalho
de preparação espiritual, através do qual o novo crente atinge a maturidade
espiritual e a possibilidade de gerar outros crentes.
Um
bom trabalho de aconselhamento pessoal é o esforço máximo no sentido de se
conservar o fruto do evangelismo; mas por si só, ele não procura agilizar
o cumprimento da Grande Comissão. Somente uma crescente força de trabalho pode
conseguir isso. A solução para este problema está em formar no novo crente a
capacidade de reprodução espiritual. Em outras palavras, o novo crente não
precisa aprender apenas a crescer espiritualmente, mas também a testemunhar a
outros e fazer o aconselhamento dos que atenderem ao chamado do Senhor. Somente
esse tipo de instrução conseguirá uma eficácia verdadeiramente
multiplicadora, necessária ao cumprimento da Grande Comissão. Isso nos leva a
quarta razão para darmos ao trabalho de aconselhamento pessoal a prioridade que
merece.
O
ACONSELHAMENTO PESSOAL É O MELHOR
MEIO DE
CHEGAR-SE À MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL
Nos
parágrafos anteriores já provamos a veracidade desta afirmação. Nossa eficiência
nesse trabalho determinará se somos um “parcelador”
ou um “multiplicador” espiritual. Será que iremos nos limitar a levar
outros a Cristo, ou conseguiremos também que esses outros levem os outros a
Cristo (e esses, por sua vez, levem ainda outros a Cristo)? O foco
central de nosso ministério de aconselhamento deve ser, não somente a produção
de frutos, mas também a reprodução desses frutos. Ser um multiplicador deve ser
o objetivo de todo crente. O multiplicador pode ser definido da seguinte
maneira:
Multiplicador é o discípulo que
prepara seus filhos espirituais para que se reproduzam também.
Em
outras palavras, o multiplicador é o discípulo que pode gerar outros
discípulos. Somente quando há este processo é que ocorre a multiplicação
espiritual. Definimos multiplicação assim:
Multiplicação é a formação do
discipulado na vida da terceira geração de crentes.
Explicando
melhor, a formação do discipulado na terceira geração é a preparação de uma
pessoa que discipulamos, para que prepare outros para discipular outros. É
extremamente importante compreendermos o conceito de multiplicação espiritual,
pois o objetivo deste treinamento é produzir crentes que possam multiplicar-se
espiritualmente. A multiplicação espiritual é um processo que passa por quatro
fases distintas. Explicaremos cada uma delas, para que se compreenda melhor
este conceito.
4 FASES DA MULTIPLICAÇÃO
1a
EVANGELISMO
A
primeira fase da multiplicação espiritual ocorre quando falamos de nossa fé com
outras pessoas. Como já explicamos, na Grande Comissão, em Mateus 28.18-20,
existe, um mandamento para testemunharmos. E nisso não pode haver meias
medidas. É imprescindível que falemos de Cristo aos outros. Embora
métodos de evangelismo possam ser os mais variados, a mensagem é uma só. Quando
falamos de Cristo, no poder do Espírito Santo, começamos logo a ver resultados,
isto é, os frutos. Quando um individuo se arrepende e recebe a Cristo como
Salvador e Senhor, inicia-se a segunda fase do processo de multiplicação.
2a
ACONSELHAMENTO
A
segunda fase do processo de multiplicação ocorre quando começamos o
aconselhamento pessoal do novo crente. Nós nos reunimos com ele regulamente
para oferecer-lhes os cuidados e ensinamentos básicos de que necessita, a fim
de crescer espiritualmente. Enquanto na fase primária todo o nosso evangelismo
se concentrava em testemunhar, na segunda fase, passamos a devotar uma
parcela cada vez maior de nosso tempo à edificação desse novo convertido. Mas
devemos continuar a testemunhar de Cristo, mesmo estando empenhados no trabalho
de aconselhamento pessoal.
É importante que não negligenciemos o
testemunho. Um aspecto do aconselhamento pessoal é incentivar o novo convertido
a identificar-se com Cristo publicamente, e a proclamar o evangelho, isto é, testemunhar. Depois que ele começa a
agir assim, nosso esforço é duplicado, em consequência de nosso trabalho em
fazer com que ele se ponha a testemunhar. É importante relembrar que
testemunhar, por si só, não é suficiente para o cumprimento da Grande Comissão.
Chega um momento, quando o novo crente já cresceu um pouco, e então ele leva
alguém a Cristo. Aí tem início uma nova fase. Teremos que instruir esse novo
crente para que faça o aconselhamento do outro (firmá-lo). É isso que chamamos
“fazer discípulos”, ou resumidamente, “discipular”. Ao iniciarmos este outro
aspecto de nosso ministério, introduzimos a fase terceira do processo de
multiplicação.
3a
FAZER DISCÍPULOS
A terceira fase inicia-se quando começamos a
instruir o crente com quem estamos trabalhando para que faça o aconselhamento
de outro recém-convertido. Este trabalho constitui uma nova fase, porque
estamos orientando o novo crente não somente a crescer espiritualmente, mas
também a preparar-se para que ele, por sua vez, realize bem o trabalho de
aconselhamento pessoal. Isso não apenas traz mais pessoas para nossa equipe de
testemunho, mas também para a conservação dos frutos. Logicamente, a terceira
fase será um tanto mais demorada que a segunda, pois levamos mais tempo para
instruir um crente no trabalho de aconselhamento pessoal do que orientá-lo no
seu crescimento em Cristo. O
trabalho da terceira fase tem três etapas distintas.
1.
Ensiná-lo a fazer o aconselhamento;
2.
Ensiná-lo a treinar outros a fazerem o aconselhamento;
3.
Ensiná-lo a treinar outros para que preparem outros
para o trabalho de aconselhamento.
O
objetivo disso é conseguir a multiplicação dos instrutores. Foi isto que Paulo
procurou comunicar a Timóteo, em
II Timóteo 2.2: “E o que de minha parte ouvistes, através de
muitas testemunhas (1ª Fase) isso mesmo transmite a homens fiéis (2ª Fase) e
também idôneos para instruir a outros (3ª Fase)”.
Fonte da imagens: Apostila - DISCIPULADO Resgatando a Excelência de Fazer Discípulos
Se
o leitor examinar esta fase atentamente, verá a possibilidade de um grande
aumento no número de contatos evangelísticos. Esse aumento resulta da
multiplicação dos obreiros; e não de uma intensificação de seu próprio
testemunho. Outro ponto que descobrimos ao analisar esta terceira fase: agora
já contamos com maior número de pessoas para fazer o aconselhamento. Estamos
multiplicando nosso trabalho missionário. Importante observar que, quando
começamos a preparar outra pessoa para o discipulado, provavelmente obtemos
mais frutos, e somos forçados a recomeçar o trabalho de aconselhamento outra
vez, com outro novo convertido. Mas é possível que alguém esteja fazendo uma
pergunta: por que existe ainda mais uma fase da multiplicação? A multiplicação
só ocorre realmente quando se observam duas coisas:
1.
O novo crente foi discipulado até a fase terceira (Tm
2.2)
2.
Esse novo crente começa o processo de discipular uma
outra pessoa. Portanto, ela não
termina meramente com a preparação e instrução, que são os objetivos da
terceira fase. Ela deve ir, além disso, e alcançar a implementação.
4º
MULTIPLICAÇÃO
A quarta fase é o estágio de multiplicador do
processo de multiplicação. A igreja que não se multiplica é comparada a uma
arvore infrutífera, que fica sozinha e sem valor. Mais nós fomos chamados para
darmos frutos. Jô 15 2,8, entretanto a multiplicação só poderá ocorrer se tiver
um fator MULTIPLICADOR. Multiplicador é o discípulo que gera discípulos. Em
outras palavras, é o crente que prepara outro crente para formar outro. É aqui
que o texto de II Timóteo se torna fato em nosso ministério.
Essa
quarta fase ocorre quando uma pessoa que aconselhamos e discipulamos estão
aconselhando e discipulando outros. Este é o propósito de nosso trabalho de
aconselhamos pessoal e da instrução de novos crentes. A realização da Grande
Comissão só se concretiza quando o plano de II Timóteo 2.2 é posto em prática. Temos que
evangelizar, aconselhar, instruir e enviar, para que o mundo seja evangelizado.
Se conseguirmos um discípulo multiplicador por ano (o que não é um alvo
impossível) que crescimento terá a pregação do evangelho, num período de seis
anos, como resultado de nosso trabalho? Supomos que cada discípulo consiga
fazer um contato evangelístico por semana.
ESTUDO INDIVIDUAL
É o ensino
destinado a atender ao novo convertido nas horas mais livres do seu dia-a-dia.
Através do estudo individual, o novo convertido é estimulado a estudar
sozinho e dedicar-se ao estudo recomendado da Palavra de Deus, sendo orientado
pelo seu discipulador, que estará dando visto nas lições respondidas e tirando
as dúvidas do aluno.
COMO FUNCIONA
O ESTUDO INDIVIDUAL
O
novo convertido é estimulado à leitura de boas literaturas, como livros,
jornais, revistas, cursos por correspondências, etc. Essas literaturas podem
ser doadas, emprestadas ou indicadas para o novo crente comprar e fazer uso sozinho.
ACOMPANHAMENTO
Apesar
do novo convertido se dedicar sozinho no estudo recomendado, não devemos
deixá-lo totalmente à vontade. O discipulador precisa acompanhá-lo
discretamente, fazendo modificações na ficha individual de acompanhamento, para
que se veja o resultado dessa assistência. Esse estudo serve como complemento
aos outros dois, mas é de menos peso no aprendizado. Mesmo assim, é através do
estudo individual que nos valemos para assistirmos ao novo crente que não pode
vir à igreja, nem receber visita em sua casa. estes casos, recomendamos a
utilização do referido curso somente após a conclusão das duas revistas do
aconselhamento em grupo.
Com isto, o coordenador do discipulado terá mais um bom
período dando tratamento peculiar ao novo convertido.
Fonte do texto: Apostila - DISCIPULADO Resgatando a Excelência de Fazer Discípulos