quinta-feira, 13 de junho de 2013

TRABALHOS DE INTEGRAÇÃO DE NOVOS CONVERTIDOS


REFLEXÃO

É muito importante realizarmos trabalhos especiais de novos convertidos, oferecendo-lhes oportunidades de participarem ativamente, para que se sintam úteis na obra de Deus. Que não pode faltar, enquanto estamos integrando os novos convertidos. Eis algumas atividades que são aplicáveis:

CULTOS DE NOVOS CONVERTIDOS

A igreja deve agendar estes cultos, os quais devem ter a participação integral da igreja. Não realize cultos de novos convertidos se eles estiverem sozinhos, pois os mesmos poderão sentir-se desprezados e ficarem tristes. Nesses cultos, devemos dar espaço para eles testemunharem, cantarem, etc.

CULTOS DE INTEGRAÇÃO DE NOVOS CONVERTIDOS

Estes cultos visam à realização de eventos de maior porte, integrando mais de uma congregação ou igreja, tendo ampla participação dos novos convertidos na programação. Devemos, no entanto, ter o cuidado de não deixarmos os novos convertidos sozinhos, pois a idéia é de integrá-los na igreja. Eles precisam se sentir apoiado por todos, principalmente pelos seus pastores.


REUNIÃO DE NOVOS CONVERTIDOS

Esta reunião pode ser feita uma vez por mês, com a presença do pastor, sua esposa, os líderes do discipulado e os novos convertidos. Inicia-se com um devocional simples, podendo utilizar um caderno de corinhos e hinos da harpa; depois, faz as apresentações: cada um se levanta, diz o seu nome, e quanto tempo faz que aceitou a Jesus. Os líderes, em vez do tempo de evangelho, dizem sua função na igreja; em seguida, dá-se oportunidades para testemunhos e cânticos, fazendo uso de microfone, sempre que possível, para desinibi-los na hora do culto; Pode-se também abrir um painel de perguntas: deixe que eles perguntem qualquer coisa que tenham dúvidas; encerra-se com a tradicional oração, e serve-se um lanche simples, enquanto conversa-se um pouquinho. Este trabalho funciona bem aos Domingos à tarde. Sugestão para o lanche: sorvete; café, chá ou chocolate quente com biscoito; salada de frutas, suco ou refrigerante com bolo. É só administrar um revezamento. Esta reunião serve até para fazer um bolo para os aniversariantes do mês. Com certeza eles irão gostar muito. Quem colocar isso em prática nunca se arrependerá.


VISITA PERMANENTE


O estabelecimento de um programa de visitas é algo que faz parte da assistência. Enquanto a pessoa é nova convertida, não devemos relaxar nas visitas fraternais que devem ser uma praxe no discipulado. É claro que após termos dado a assistência inicial necessária ao novo convertido, já não temos mais tanta preocupação com o mesmo, até porque já temos novas pessoas para cuidar. Entretanto, não podemos abandoná-los bruscamente. Portanto, é salutar fazermos uma visita sempre que sobrar tempo. 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

PROGRAMA COMPLETO DE ENSINO BÁSICO


REFLEXÃO

O estudo bíblico é fundamental para uma pessoa que aceita a Cristo. Normalmente o novo convertido sente um desejo muito forte de conhecer as Escrituras. A igreja não deve negligenciar nesse período de formação espiritual. Temos de entender que o novo convertido é uma criança e não tem estrutura para alimentar-se de uma comida sólida ou misturada (I Pe 2.2). Portanto, a igreja precisa estar bem aparelhada para aplicar uma base de ensino adequado ao novo convertido, equivalente ao leite, seguido de mingau, sopinha e comida sólida. Esta é uma sequência lógica à ordem alimentar de uma criança. Entretanto, mesmo que tenhamos todas as condições, nota-se na prática haver grandes dificuldades por parte de muitos novos conversos, para receberem o aprendizado. Uns não podem ir á Escola Dominical, outros viajam, outros estão enfermos, etc. É nessas horas que devemos possuir mecanismos capazes de atender as suas necessidades conforme a disponibilidade que cada novo crente apresenta. A isto chamamos de Programa Completo de Ensino Básico.

Fonte da imagem: http://www.uff.br

ACONSELHAMENTO EM GRUPO


É o ensino dado ao novo crente através das classes da Escola Dominical. Para isto recomendamos as revistas Discipulado I e II da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD). Quando não é possível realizar este ensino na Escola Dominical, pode-se pensar em outro horário ou local para fazê-lo. Só não devemos é deixar o novo crente sem receber semanalmente este tipo de aconselhamento. Todos os novos convertidos devem participar deste aconselhamento. Deve-se evitar o desvio deste ensino para outro dia, pois o novo crente precisa acostumar-se desde cedo a frequentar a Escola Dominical. Qualquer outro curso que seja dado aos novos convertidos semanalmente e coletivamente deve ser considerado como aconselhamento em grupo.


IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO EM GRUPO

Esta atividade é de grande importância para o novo crente, pois, alem de estar na igreja, o estudo em grupo abre oportunidades para a participação mútua dos alunos, proporcionando explicações e sugestões levantadas sobre o assunto, enriquecendo o aprendizado pelos questionamentos levantados, tendo a explicação convincente da Palavra de Deus, ministrada pelos professores. Trazendo para todos um leque muito amplo de conhecimento e aprendizado.


QUEM DEVE RECEBER O ACONSELHAMENTO EM GRUPO

Todos os novos convertidos. Exceto aqueles que já tenham recebido, ou algum irmão antigo que já estava afastado da igreja, também pode ser dispensado. Frequentemente ocorrem casos de novos convertidos que não podem participar da classe. Mesmo assim, devemos sempre convidá-los para a mesma.


A FUNÇÃO DA CLASSE DO DISCIPULADO

A finalidade da classe é tão somente para aplicarmos o estudo em grupo, adequado ao novo convertido. Salientamos que a classe não é o DISCIPULADO. Alguns pastores já se dão por satisfeitos quando funciona a classe do discipulado em sua igreja. O Discipulado é muito mais que isto. Quando falamos sobre a classe, estamos nos referindo a apenas um dos elementos, e por sinal, um dos mais cômodos de se fazer.


O PERFIL DO PROFESSOR

O professor da classe de novos convertidos não pode ser um crente imaturo, ele precisa ter conhecimento das doutrinas bíblicas e habilidades para ensinar. Ele precisa ser sociável, ter simpatia natural pelos alunos. Também requer-se que seja criativo, tenha boas relações humanas e gostar do que faz.

A PARTICIPAÇÃO DOS PROFESSORES

O professor, que não se interessa pelos seus alunos, não deve permanecer à frente da classe. Cabe ao professor verificar semanalmente se há algum aluno faltoso e contactar com ele ou acionar a coordenação do discipulado para ir à sua procura. Também o professor não deve deixar o aluno repetindo aulas pelo simples fato de querer ver sua classe numerosa. O coordenado do discipulado estará observando essas situações nas cadernetas, para que possamos ter dados reais em nossos relatórios.

QUEM SÃO SEUS ALUNOS?

Eles são os novos convertidos, são especiais, por isso precisam de cuidados especiais. A bíblia diz que eles são criados com leite (I Co. 3.1-3). Precisam ser alimentados.Têm dificuldade em falar, de explicar a razão de sua conversão a Cristo. Querem estabelecer para si uma regra de fé. Eles se escandalizam facilmente, se apegam a rudimentos de doutrina e chegam a criar dogmas para reger sua fé. Ele precisa entender que não haverá crescimento espiritual independente da Palavra de Deus. A Bíblia diz que cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo (Ef 4.15) e noutra parte diz que o leite é quem dá o crescimento (I Pe 2.2). O novo convertido precisa conhecer as doutrinas básicas da salvação e por isso deve afastar-se de assuntos complexos e especulativos.



Fonte da imagens: rccgholyghostzone.org.uk

ACONSELHAMENTO PESSOAL

É a assistência dada ao novo convertido através de aulas aplicadas semanalmente em sua própria residência ou em outro local de sua preferência (At 20.20). Toda a igreja precisa empenhar-se nesta tarefa que é tremendamente abandonada. O pastor da igreja juntamente com os líderes do discipulado deverá preparar e indicar os irmãos que irão fazer este aconselhamento doutrinário. Tenhamos cuidado! O aconselhamento pessoal é ensino, e não uma simples visita. Se alguém vai à casa do novo convertido e não aplica nenhum estudo, conte isso como uma visita. Para este aconselhamento, recomendamos um curso bíblico para novos convertidos composto de onze lições (11), o qual pode ser aplicado com segurança. Trata-se de doutrinas que devem ser ensinadas por pessoas devidamente capacitadas para tal. Esses discipuladores devem estar bem orientados e recomendados pelo pastor da igreja. Cuidado! Este curso é importante, porém não é obrigatório. Só deve ser dado à medida que haja disponibilidade de pessoas preparadas.


O QUE O ACONSELHAMENTO PESSOAL NÃO É

VISITA

Há irmãos que acham que estão fazendo o aconselhamento pessoal simplesmente porque fizeram uma ou duas visitas a um ou mais novos convertidos. Não é disso que a igreja precisa. É muito mais.


REUNIÃO EXTRA CULTO

Não devemos confundir aconselhamento pessoal com aconselhamento em grupo.

Obs.: Esse tipo de aconselhamento pode ser feito de muitas maneiras, mas a prática nos mostra que se não o fizermos sistematicamente, logo seremos atingidos pelo comodismo, de programarmos uma visita, que muitas vezes não acontece. O aconselhamento pessoal tem um valor incalculável.


QUEM PODE FAZER ACONSELHAMENTO PESSOAL

Toda a igreja precisa se empenhar nesta tarefa que é tremendamente abandonada. Entretanto, precisamos ter cautela quando se trata de ensino. Pois não são muitos os irmãos que estão aptos para lecionar. Precisa, portanto, que o pastor da igreja indique ou recomende os irmãos para o ensino.


A IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO PESSOAL

Uma vez definido o que é aconselhamento pessoal, a pergunta que se apresenta é a seguinte por que o aconselhamento pessoal é tão importante? Já mostramos que a Bíblia ordena que dessem assistência aos novos convertidos. Gostaria de apresentar quatro razões por que não devemos contentar-nos em deixar nossa responsabilidade pessoal para a cargo da igreja ou da iniciativa particular do novo convertido. Antes, devemos considerar o aconselhamento pessoal como uma atividade prioritária em nosso tempo e interesses.


RAZÕES IMPOTANTES

A VULNERABILIDADE DO NOVO CRENTE

O crente não pode ser enganado por Satanás com mais facilidade do que uma pessoa mais madura. Aliás, logo que um indivíduo se converte, encontra-se mais vulnerável a Satanás, na luta contra as tentações, do que em qualquer outra ocasião de sua vida. É muito comum um novo convertido ter duvidas quanto à validade de sua experiência com Cristo. Ele precisa da proteção que uma pessoa mais madura pode oferece-lhe. A vitória sobre as mentiras de Satanás só é alcançada pelas verdades da Palavra de Deus. Cristo ensinou isto, quando empregou textos bíblicos para vencer as tentações de satanás no deserto. O fato de um novo convertido conhecer pouco a Bíblia torna-o quase indefeso. Essa sua vulnerabilidade é um forte argumento a favor do aconselhamento pessoal. 


O POTENCIAL DE TRANSFORMAÇÃO DO NOVO CRENTE

Outra razão importante para o aconselhamento pessoal do novo crente é o seu potencial de crescimento espiritual. Ele se acha em um momento crítico. Pela primeira vez em sua vida, tem a possibilidade de efetuar verdadeiras mudanças em seu modo de viver. A orientação e direção que recebe no aconselhamento pessoal podem aumentar grandemente não apenas essas possibilidades, mas também a rapidez dessas transformações. Seja ele jovem ou adulto, o aconselhamento pessoal acelera seu crescimento em Cristo.

 Quando um crente amadurecido se acha em profundo contato com o novo crente, ele pode descobrir aspectos de sua vida que precisam de mudanças. Pode ajudá-lo também na aplicação das verdades bíblicas mais necessárias ao seu caso. Sem esta orientação pessoal, muitos novos convertidos não podem aproveitar ao máximo este período crucial de sua vida, e não crescem em Cristo tão rapidamente quanto poderiam. Um problema muito comum nesta fase é o surgimento de padrões errados de comportamento no crente que não recebe orientação em seu crescimento espiritual. Isso não apenas impede seu desenvolvimento, mas acarreta pecados desnecessários, que precisarão ser corrigidos no futuro, para que ele possa iniciar o processo de crescimento verdadeiro e constante.  Na Bíblia, esse processo de mudança é chamado “despir-se” do velho homem, e “revestir-se” do novo homem. Os textos de Efésios 4 e Colossenses 3 explicam esse conceito de forma mais completa. A verdade dessas passagens deve servir para incentivar-nos a realizar o trabalho de aconselhamento pessoal.


COM O TRABALHO DO ACONSELHAMENTO
PESSOAL O DISCIPULADO É MAIS BEM FEITO

A terceira importante razão para se fazer o trabalho de aconselhamento pessoal é a que diz respeito ao desenvolvimento do discípulo. Esse aconselhamento aumenta grandemente a rapidez e a probabilidade de desenvolver-se o discípulo na vida do crente. Um dos mais importantes e básicos objetivos de nosso ministério pessoal é justamente formar discípulos. É preciso que definamos claramente a palavra discípulo. Os objetivos deste TREINAMENTO é a seguinte.

Discípulo é o crente que está crescendo em conformidade com Cristo, dando frutos no evangelismo e fazendo o aconselhamento pessoal deles para garantir sua permanência.

A importância de se formarem discípulos, como parte do ministério cristão, foi apresentada claramente por Cristo em Mateus 28.18-20: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias, a te a consumação do século”. Se examinarmos esta passagem mais atentamente, descobriremos um fato um pouco estranho. Em nenhuma parte dela, Jesus dá um mandamento direto para se evangelizar. Contudo, a despeito disso, este texto é sempre apresentado como um desafio ao testemunho. E como o principal verbo da passagem “fazei discípulos”, o ponto central do mandamento de Cristo é ir e fazer discípulos. Deve evangelizar primeiramente, e ganhar a pessoa para Cristo. Este deve ser o primeiro passo, e isto explica por que, justificadamente, a passagem é considerada um mandamento para se testemunhar. Embora seja importante não perdemos de vista este aspecto da mensagem, devemos também ter o cuidado de não ignorar o mandamento principal.

A parte mais importante destes versos é fazer discípulos. A formação do discipulado no crente deve ser um dos primeiros objetivos do programa de aconselhamento pessoal. Quando emprego o termo de aconselhamento pessoal, faço-o tanto no sentido mais amplo, como no mais restrito. No sentido restrito, refiro-me ao trabalho inicial de firmar um novo crente na fé. No sentido amplo, refiro-me a todo o relacionamento que um crente mais maduro tem com o novo convertido, durante certo tempo, a fim de ajudá-lo a atingir a maturidade espiritual. A fim de evitar mal-entendidos, vamos definir formação do discipulado da seguinte maneira.

Formação do discipulado é o trabalho de preparação espiritual, através do qual o novo crente atinge a maturidade espiritual e a possibilidade de gerar outros crentes.
Um bom trabalho de aconselhamento pessoal é o esforço máximo no sentido de se conservar o fruto do evangelismo; mas por si só, ele não procura agilizar o cumprimento da Grande Comissão. Somente uma crescente força de trabalho pode conseguir isso. A solução para este problema está em formar no novo crente a capacidade de reprodução espiritual. Em outras palavras, o novo crente não precisa aprender apenas a crescer espiritualmente, mas também a testemunhar a outros e fazer o aconselhamento dos que atenderem ao chamado do Senhor. Somente esse tipo de instrução conseguirá uma eficácia verdadeiramente multiplicadora, necessária ao cumprimento da Grande Comissão. Isso nos leva a quarta razão para darmos ao trabalho de aconselhamento pessoal a prioridade que merece.


O ACONSELHAMENTO PESSOAL É O MELHOR
MEIO DE CHEGAR-SE À MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL

Nos parágrafos anteriores já provamos a veracidade desta afirmação. Nossa eficiência nesse trabalho determinará se somos um “parcelador” ou um “multiplicador” espiritual. Será que iremos nos limitar a levar outros a Cristo, ou conseguiremos também que esses outros levem os outros a Cristo (e esses, por sua vez, levem ainda outros a Cristo)? O foco central de nosso ministério de aconselhamento deve ser, não somente a produção de frutos, mas também a reprodução desses frutos. Ser um multiplicador deve ser o objetivo de todo crente. O multiplicador pode ser definido da seguinte maneira:

Multiplicador é o discípulo que prepara seus filhos espirituais para que se reproduzam também.

Em outras palavras, o multiplicador é o discípulo que pode gerar outros discípulos. Somente quando há este processo é que ocorre a multiplicação espiritual. Definimos multiplicação assim:

Multiplicação é a formação do discipulado na vida da terceira geração de crentes.

Explicando melhor, a formação do discipulado na terceira geração é a preparação de uma pessoa que discipulamos, para que prepare outros para discipular outros. É extremamente importante compreendermos o conceito de multiplicação espiritual, pois o objetivo deste treinamento é produzir crentes que possam multiplicar-se espiritualmente. A multiplicação espiritual é um processo que passa por quatro fases distintas. Explicaremos cada uma delas, para que se compreenda melhor este conceito.


4 FASES DA MULTIPLICAÇÃO


1a EVANGELISMO

A primeira fase da multiplicação espiritual ocorre quando falamos de nossa fé com outras pessoas. Como já explicamos, na Grande Comissão, em Mateus 28.18-20, existe, um mandamento para testemunharmos. E nisso não pode haver meias medidas. É imprescindível que falemos de Cristo aos outros. Embora métodos de evangelismo possam ser os mais variados, a mensagem é uma só. Quando falamos de Cristo, no poder do Espírito Santo, começamos logo a ver resultados, isto é, os frutos. Quando um individuo se arrepende e recebe a Cristo como Salvador e Senhor, inicia-se a segunda fase do processo de multiplicação.


2a ACONSELHAMENTO

A segunda fase do processo de multiplicação ocorre quando começamos o aconselhamento pessoal do novo crente. Nós nos reunimos com ele regulamente para oferecer-lhes os cuidados e ensinamentos básicos de que necessita, a fim de crescer espiritualmente. Enquanto na fase primária todo o nosso evangelismo se concentrava em testemunhar, na segunda fase, passamos a devotar uma parcela cada vez maior de nosso tempo à edificação desse novo convertido. Mas devemos continuar a testemunhar de Cristo, mesmo estando empenhados no trabalho de aconselhamento pessoal.

 É importante que não negligenciemos o testemunho. Um aspecto do aconselhamento pessoal é incentivar o novo convertido a identificar-se com Cristo publicamente, e a proclamar o evangelho, isto é, testemunhar. Depois que ele começa a agir assim, nosso esforço é duplicado, em consequência de nosso trabalho em fazer com que ele se ponha a testemunhar. É importante relembrar que testemunhar, por si só, não é suficiente para o cumprimento da Grande Comissão. Chega um momento, quando o novo crente já cresceu um pouco, e então ele leva alguém a Cristo. Aí tem início uma nova fase. Teremos que instruir esse novo crente para que faça o aconselhamento do outro (firmá-lo). É isso que chamamos “fazer discípulos”, ou resumidamente, “discipular”. Ao iniciarmos este outro aspecto de nosso ministério, introduzimos a fase terceira do processo de multiplicação.


3a FAZER DISCÍPULOS

 A terceira fase inicia-se quando começamos a instruir o crente com quem estamos trabalhando para que faça o aconselhamento de outro recém-convertido. Este trabalho constitui uma nova fase, porque estamos orientando o novo crente não somente a crescer espiritualmente, mas também a preparar-se para que ele, por sua vez, realize bem o trabalho de aconselhamento pessoal. Isso não apenas traz mais pessoas para nossa equipe de testemunho, mas também para a conservação dos frutos. Logicamente, a terceira fase será um tanto mais demorada que a segunda, pois levamos mais tempo para instruir um crente no trabalho de aconselhamento pessoal do que orientá-lo no seu crescimento em Cristo. O trabalho da terceira fase tem três etapas distintas.

1.    Ensiná-lo a fazer o aconselhamento;
2.    Ensiná-lo a treinar outros a fazerem o aconselhamento;
3.    Ensiná-lo a treinar outros para que preparem outros para o trabalho de aconselhamento.

O objetivo disso é conseguir a multiplicação dos instrutores. Foi isto que Paulo procurou comunicar a Timóteo, em II Timóteo 2.2: “E o que de minha parte ouvistes, através de muitas testemunhas (1ª Fase) isso mesmo transmite a homens fiéis (2ª Fase) e também idôneos para instruir a outros (3ª Fase)”.

Fonte da imagens: Apostila - DISCIPULADO Resgatando a Excelência de Fazer Discípulos

Se o leitor examinar esta fase atentamente, verá a possibilidade de um grande aumento no número de contatos evangelísticos. Esse aumento resulta da multiplicação dos obreiros; e não de uma intensificação de seu próprio testemunho. Outro ponto que descobrimos ao analisar esta terceira fase: agora já contamos com maior número de pessoas para fazer o aconselhamento. Estamos multiplicando nosso trabalho missionário. Importante observar que, quando começamos a preparar outra pessoa para o discipulado, provavelmente obtemos mais frutos, e somos forçados a recomeçar o trabalho de aconselhamento outra vez, com outro novo convertido. Mas é possível que alguém esteja fazendo uma pergunta: por que existe ainda mais uma fase da multiplicação? A multiplicação só ocorre realmente quando se observam duas coisas:

1.    O novo crente foi discipulado até a fase terceira (Tm 2.2)
2.    Esse novo crente começa o processo de discipular uma outra pessoa. Portanto, ela não termina meramente com a preparação e instrução, que são os objetivos da terceira fase. Ela deve ir, além disso, e alcançar a implementação.


4º MULTIPLICAÇÃO

 A quarta fase é o estágio de multiplicador do processo de multiplicação. A igreja que não se multiplica é comparada a uma arvore infrutífera, que fica sozinha e sem valor. Mais nós fomos chamados para darmos frutos. Jô 15 2,8, entretanto a multiplicação só poderá ocorrer se tiver um fator MULTIPLICADOR. Multiplicador é o discípulo que gera discípulos. Em outras palavras, é o crente que prepara outro crente para formar outro. É aqui que o texto de II Timóteo se torna fato em nosso ministério. 

Essa quarta fase ocorre quando uma pessoa que aconselhamos e discipulamos estão aconselhando e discipulando outros. Este é o propósito de nosso trabalho de aconselhamos pessoal e da instrução de novos crentes. A realização da Grande Comissão só se concretiza quando o plano de II Timóteo 2.2 é posto em prática. Temos que evangelizar, aconselhar, instruir e enviar, para que o mundo seja evangelizado. Se conseguirmos um discípulo multiplicador por ano (o que não é um alvo impossível) que crescimento terá a pregação do evangelho, num período de seis anos, como resultado de nosso trabalho? Supomos que cada discípulo consiga fazer um contato evangelístico por semana.

 
Fonte da imagens: http://www.blogger.com

ESTUDO INDIVIDUAL

É o ensino destinado a atender ao novo convertido nas horas mais livres do seu dia-a-dia. Através do estudo individual, o novo convertido é estimulado a estudar sozinho e dedicar-se ao estudo recomendado da Palavra de Deus, sendo orientado pelo seu discipulador, que estará dando visto nas lições respondidas e tirando as dúvidas do aluno.


COMO FUNCIONA O ESTUDO INDIVIDUAL

O novo convertido é estimulado à leitura de boas literaturas, como livros, jornais, revistas, cursos por correspondências, etc. Essas literaturas podem ser doadas, emprestadas ou indicadas para o novo crente comprar e fazer uso sozinho.


ACOMPANHAMENTO

Apesar do novo convertido se dedicar sozinho no estudo recomendado, não devemos deixá-lo totalmente à vontade. O discipulador precisa acompanhá-lo discretamente, fazendo modificações na ficha individual de acompanhamento, para que se veja o resultado dessa assistência. Esse estudo serve como complemento aos outros dois, mas é de menos peso no aprendizado. Mesmo assim, é através do estudo individual que nos valemos para assistirmos ao novo crente que não pode vir à igreja, nem receber visita em sua casa. estes casos, recomendamos a utilização do referido curso somente após a conclusão das duas revistas do aconselhamento em grupo. Com isto, o coordenador do discipulado terá mais um bom período dando tratamento peculiar ao novo convertido.


Fonte do texto: Apostila - DISCIPULADO Resgatando a Excelência de Fazer Discípulos

O VERDADEIRO AMOR PELAS ALMAS

Assim dizia Mateus Henry: “Sinto maior gozo em ganhar uma alma para Cristo, do que em ganhar montanhas de ouro e prata, para mim mesmo”.